segunda-feira, 16 de setembro de 2013

As prisões

          O que se entende quando se fala sobre prisão, é sobre algo onde pessoas que cometeram crimes permanecem por um determinando tempo, muitas delas estão numa prisão injustamente, não fizeram nada de errado, mas foram colocadas ali da forma mais injusta. Mas na prisão se encontram pessoas que sim, foram presas justamente, por terem cometido algo que é contra a lei estabelecida na sua nação.

          A prisão pode ter vários significados, mas o comum dentre esses significados, é algo que prende, um sofrimento, algo doloroso. Ela prende pessoas não só no lado físico, mas também no lado sentimental e emocional das pessoas. Dores são prisões que escravizam pessoas em todo o globo, cada um tem uma prisão dentro de si, uma dor que o faz sofrer, algo que mexe com a pessoa emocionalmente, por exemplo uma perda, uma pessoa perde sua mãe, alguém que marcou sua vida, pois a cuidou durante toda a sua vida, a tristeza por ter perdido alguém toma conta do ser da pessoa, essa tristeza é uma prisão.

          Prisões também são consequências de erros que praticamos, de más decisões, são atitudes erradas do passado, que trouxeram prisões nas vidas de muitas pessoas, pessoas que não valorizaram coisas tão importantes, pessoas que deixaram de crer, pessoas que decepcionaram, e pessoas que desistiram, hoje elas vivem a se arrepender dos feitos do passado, pois vivem em situações muito difíceis, e se sentem culpados, a culpa os julga, essa culpa é uma prisão.

          Vícios, prostituição, drogas, tudo que venha tirar a paz do ser humano, tudo aquilo que destrói o lado interior e exterior de alguém, tudo aquilo que destrói famílias, tudo aquilo que destrói sonhos e vidas, são prisões, tudo que tira o foco, tudo que destrói amizades, são prisões. Prisões são coisas que prendem e fazem o ser humano desistir de tudo, tudo aquilo que ele estava disposto a conquistar, tudo aquilo que ele estava disposto a lutar, prisões impedem o homem de enxergar o futuro, de enxergar um mundo melhor, de enxergar a verdade, e ver grandes possibilidades, prisões são prisões.

          Muitos pensam que prisões são permanentes, que não há como sair delas, e talvez até pensam que são mais felizes presas, essas pessoas não conseguem enxergar a liberdade, não conseguem ver a vida, elas não conseguem ver as maravilhas da vida, das possibilidades, das conquistas, elas não conseguem ver, mas existe uma nova chance para elas, porque o ser humano pode quebrar suas prisões, se libertar e vencer, ele pode mudar de vida, esquecer o seu passado, viver o presente, para mudar o seu futuro. Se existe alguma prisão que prenda, existe uma liberdade que liberta, que muda, e traz renovo para o homem, uma liberdade que traz felicidade, que abre os olhos e a mente do homem, que faz o homem enxergar e viver mudanças, uma liberdade que traz a visão dum mundo diferente que traz a visão de grandes possibilidades. Se vives numa prisão, erga-se, e se liberte, viva uma nova vida, sendo lutador e conquistador.


Nome: Gabriel Teixeira Santos nº: 13 1ºG

Lira 22 II parte

   Saudade e suas interpretações.
 
    Saudade, um sentimento difícil de ser descrito, considerado também a sétima palavra de mais difícil tradução, existente apenas no galego e no português.
Um amor, uma grande paixão de infância, sentimos saudade apenas daquilo que já perdemos ou que já está distante, uma verdadeira prisão de melancolias e solidão, São Tomás de Aquino dizia que a saudade é por si contrária ao prazer, ''um efeito colateral da dor deleitável, como recordação daqui que se ama e faz perceber o amor daquilo por cuja ausência dos doemos. ''
Assim como São Tomás de Aquino, Tomás António Gonzaga conseguia descrever bem as características de sua saudade por seu amor Marília, em seu livro onde descreve sua paixão e conta também a sua própria história usando o pseudônimo de Dirceu.
Não saber o que fazer da vida e como ela parece ser infinita e ao mesmo tempo curta, quando sonhamos com aquilo que não se faz mais presente, a saudade se torna cada vez mais inevitável, acabamos por contar os segundos, que se tornam meses, anos e por fim décadas, mas há ainda aquela saudade que acabamos por esquecer ou substituir, ou seja, o que você sentiu não foi a saudade por essência apenas o sentimento de solidão, uma esperança investida na pessoa errada, ou até mesmo uma esperança muito grande em pessoas que na verdade não puderam ou não podem satisfaze-la.       Às vezes tentamos encontrar nossa fonte de desejos em outras pessoas, dedicamos amor, paz e fraternidade, verdadeiras amizades que vão se distanciando e o remorso se torna a própria saudade daquilo que não conseguimos, ou estávamos ocupados demais para realiza-las.
O amor não necessita ter que se sentir saudade para existir, mas a saudade para existir precisa de um amor muito forte para que ele se mantenha presente.
Amor, solidão, razão envolvem um só tema que como descrito no primeiro parágrafo do texto é visto apenas em duas línguas, saudade e suas várias interpretações nos faz sentir vivos mesmo com toda a distância imposta pelo mundo e pelo tempo, essa mesma sensação fez com que famílias se mantivessem vivas apenas pela dúvida do existir, seja como for, com um nome referente ou não, a saudade se faz presente não só na sua vida, como na de todos.

                                    Aluno:Gabriel Rezende de Lima Mendes N°39 1°G (16/09/2013 às 23:17)
   
   
A vida de Dirceu
Quando um homem e preso e fica longe de sua amada, ele sente uma dor profunda no seu coração, ele não sabe o que vai fazer, se ele chora, foge ou aguenta ate o fim, mas sabemos que quando ele o poeta Dirceu esta trancado em uma prisão ele faz liras magníficas, como a lira 22 que retrata o seu sofrimento distante de Marília.
Dirceu quando ficou preso, ele vê o barulho do grilhão arrastando sobre o chão da cela e ele fala pro próprio coração que não se assuste, parece que ele que fala pro seu coração que essa peleja vai acabar logo, não se preocupe que isso vai acabar daqui alguns dias nos vamos ver o nosso amor de volta a bela Marília.
Em todos os trechos Dirceu fala que seu coração não precisa se assustar, porque isso vai acabar, mas ele sente a pressão, o incômodo, o sizinho de ficar preso sem a sua amada, sem a sua paixão de sua vida.
Quando Dirceu foi preso foi uma grande noticia para todos, ele não acreditou que ia ficar sem sua amada, ele fala sempre de Marília porque fica pensando sempre em Marília, quando olha pras paredes, pras torres ele sempre pensa em sua Marília, mas sabemos que ele esta mais preocupado com a volta para a casa e ver a Marília do que ser morto pelos soldados.
No ultimo verso o Dirceu fala pra Marília ter forças que um dia ele vai sair não se sinta insegura porque ele vai voltar um dia, que tenha um coração forte um peito forte, que nunca desista como ele esta fazendo na prisão, sempre tendo esperançar de ser liberto da prisão como ele sempre diz que seu coração não tenha medo porque ele acredita na liberdade.
Nessa lira Dirceu expressa seu sentimentos profundo por Marília, quando ele foi preso ele nunca desistiu de ser liberto ele sempre ficou pensando nela ele nunca desistiu da sua amada.

Na lira ele bota a esperança de reencontrar seu amor, ele sempre ficou esperando por ela, ficava com medo, mas tinha esperança de sair da prisão e nesse período de ficar engaiolado ele fez liras e poemas magníficos como esse que eu estou relatando e uns dos mais interessantes que já li, porque ele nunca desistiu de ter mais um amor na sua vida sempre ficava pensando no amanha.   

PABLLO MATHEUS  numero:28   1g

Dissertação lira 22 part.2 do livro

SAUDADES QUE PARECE UMA PRISÃO

   Nesta lira fala o que sofre um homem apaixonado sofre pela sua amada ,fala da beleza entre outras coisas que sentiam e que mas admirava nela.Um sofrimento que normal pra sofridas por muita gente até hoje .
    O homem apaixonado que tem admiração pela sua amada e sofri como se estivesse dentro de uma cela de prisão, com um vazio no peito, sentindo falta de ver, de tocar .Isso acontece com vários escritores famosos que uma de suas maiores obras são escritas quando ele esta se sentido só com um vazio no peito que acha melhor se expressar escrevendo, colocando seu piores sentimentos na ponta da caneta.
       Este sofrimento não ocorre somente com escritores,ocorre com varias  pessoas que sofre por seu amor por muitos outros motivos como por exemplo:a proibição dos pais, a distancia , a diferença de idade, ou quando um tem um relacionamento ou uma família e não pode se separar.Alguns tem reações normais sofre quieto calado sem quase ninguém saber somente os amigos mas próximos ou familiares.Outros  tem atitudes mas drásticas fazem escândalos, entram em depressão,as vezes chegam até tomar a atitude de si matar por com de seu amor que não pode ser vivido.
           Cada pessoa tem um motivo um sofrimento tem suas atitudes, tomam decisões certa ou errada, isso vai de cada pessoa.Também existi aquelas que não sofre por amor entre um homem e uma mulher, mas sim um amor paternal de pai filho,entre irmãos,primos,familiares.Por aquelas pessoas que já faleceu ,que causa uma  dor enorme  para familiares e amigos,que este sim sofrer  de  muito longe.

                        Concerta todo estes amores tem direito de sofrer, mas também que pensar muito antes de tomar qualquer atitude seja ela qual for, para pensar na suas consequências que ela pode casar.Mas para aqueles corajosos tenho certeza que deve lutar pelo seu amor em vez de ficar sofrendo se sentido como se tivesse na prisão,mas com cuidado pra não ferir pessoas que não estão no meio da sua historia.O importante e a pessoa ser feliz não ficar sofrendo por nada se for melhor tente outra pessoa que te faça bem.E concorde com suas decisões para que construam ótima relação se muitas brigas e discussões, tom cuidado e seja feliz sempre que com certeza vai dar tudo certo na sua vida ....


                  Daniel Victor de Carvalho nº:05 1ºG

domingo, 15 de setembro de 2013

Dissertação: Lira 22, parte 2

Prisões: Externas e Internas.

Todos os anos milhares de pessoas são presas no mundo inteiro justa ou injustamente. Muitas por crimes pequenos, sem grande “importância”. Muitos, porém, são presos por crimes hediondos, terríveis, podendo ficar grande parte de sua vida presos, e, dependendo do país onde vivem, a vida inteira presos. Mas há aquelas prisões que independente das pessoas terem cometido ou não crimes “imperdoáveis”, muitas pessoas parecem estar condenadas a passar o resto de suas vidas ali. São as chamadas prisões internas.
Segundo Platão em O mito da caverna, todas as pessoas vivem dentro de uma caverna, uma prisão interna, até o momento em que se atrevem a sair, e enxergar o mundo com os olhos diferentes. Pessoas que só conseguem enxergar aquilo que é visível. Pessoas que não conseguem ter fé, ou correr atrás de ver o mundo com um olhar diferente. Ver esperança, onde a maioria só consegue ver ruínas. Ver alegria, onde a maioria só consegue ver dor. Essa prisão poderia também ser comparada à alienação, ignorância. Ao fato de pessoas se contentarem apenas com o que os outros já disseram ser o correto, e não buscar por novas respostas no mundo, buscar viver ela mesma suas próprias experiências. Ao o fato de acharem que a vida existe apenas por existir, e que não há uma razão para tudo isso.
Muitas vezes as pessoas também são aprisionadas por decisões erradas que acabaram tomando. Drogas, prostituição, vícios em geral, são apenas alguns exemplos dessas prisões. E por falar em tomar decisões, há ainda as pessoas que acabam sendo aprisionadas por não tomar as decisões que elas sentiam ser as decisões adequadas para elas. No percorrer da vida, muitas decisões precisam ser tomadas. E muitas vezes, o medo de tomar a decisão errada, ou o fato de não querer decepcionar alguém, faz com que as pessoas acabem tomando decisões que as aprisionem ainda mais por não estarem tomando as decisões que elas sentiam ser a ideias para si, mas sim, as decisões que pareciam ser menos arriscadas e mais fáceis de ser aceitas pelas outras pessoas.

As pessoas precisam entender, para serem libertas dessas prisões, que cada pessoa tem suas próprias decisões a serem tomadas. O medo faz parte, mas é preciso que as pessoas arrisquem mais para que entendam seus próprios caminhos. Para que possam buscar encontrar sua própria forma de enxergar o mundo, e o que nele há. Para saírem das cavernas e buscarem por coisas novas, por algo mais do que o comum. Para fazerem aquilo que elas sentem que é o que precisam fazer e não apenas aquilo que é imposto pela sociedade. As pessoas precisam confiar mais em si próprias e acreditar mais na vida. 


Milena Carneiro, nº 26, 1º ano G.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Soneto 10

Adeus, cabana, adeus; adeus, ó gado;
Albina ingrata, adeus, em paz te deixo;
Adeus, doce rabil; neste alto freixo
Te fica, ao meu destino consagrado.

Se te for meu sucesso perguntado,
não declares, rabil, de quem me queixo;
não quero que se saiba vive Aleixo
por causa de uma infame desterrado.

Se vires a pastor desconhecido,
lhe dize então piedoso: - Ah! vai-te embora,
atalha os danos, que outros têm sentido.

Habita nesta aldeia uma pastora,
de rosto belo, coração fingido,
umas vezes cruel, e as mais traidora.

Interpretação

Nesse soneto o autor está se despedindo do seu lar ,pois ele esta se separando de Lindora no ultimo verso do soneto ele diz "Habita nesta aldeia uma pastora,de rosto belo, coração fingido,umas vezes cruel, e as mais traidora." percebe se que depois do fim do casamento ele foi embora e deixou o seus bens com ela.

Características 

A principal característica do arcadismo nesse soneto foi a simplicidade pois não se agarrou a nenhum bem material.

Glossário

Desterrado: Aquele que foi banido da pátria, exilado, banido.
Infame: Desonrado ,desacreditado ,desprezado.
Atalha: Impedir, cortar, interromper; embaraçar, obstruir.

Nome: Gabriel Paiva Macêdo
: 12 
Turma: G

SONETO IV

Ainda que de Laura esteja ausente,
Há de a chama durar no peito amante;
Que existe retratado o seu semblante,
Se não nos olhos meus, na minha mente.

Mil vezes finjo vê-la, e eternamente
Abraço a sombra vã; só neste instante
Conheço que ela está de mim distante,
Que tudo é ilusão que esta alma sente.

Talvez que ao bem de a ver amor resista;
Porque minha paixão, que aos céus é grata
Por inocente assim melhor persista;

Pois quando só na idéia ma retrata,
Debuxa os dotes com que prende a vista,
Esconde as obras com que ofende, ingrata

INTERPRETAÇÃO
Nesse soneto Tomás deixa claro que mesmo que os louros estejam ausentes, ou seja a vitória, a saudade de Marília ainda se faz presente, e mesmo com toda a distancia, ele ainda se recorda das mesmas afeições de Marília, e essa imagem faz com que ele acabe sonhando acordado, por que o seu amor continua o mesmo depois de tanto tempo, o que acaba fazendo com que ele tendo que imaginar ter que viver sem seu grande amor, o deixando extremamente perturbado.
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CARACTERÍSTICAS DO ARCADISMO DO SONETO
Uma característica constante do arcadismo neste soneto é o modo como ele ainda idealizada a mulher amada, usando também o texto objetivo direcionando e sua exaltação em relação ainda aos povos antigos da mitologia, quando ele faz menção a árvore de louros, denominado de Laura ou loureiro, que na Grécia antiga era um sinal de vitória.
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GLOSSÁRIO
Laura: Árvore de louros.
Semblante: Face, rosto.
Debuxa: Esboçar.
Delinear: Traçar.
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Contexto Histórico
Não há uma cronologia certa para a época em que foi escrita este soneto, apenas deduções e hipóteses.

Aluno: Gabriel Rezende de Lima Mendes N°39 1°G (05/09/2013-23:34)


Soneto III, 3ª parte.

Enganei-me, enganei-me - paciência!
Acreditei às vezes, cri, Ormia,
Que a tua singeleza igualaria
A tua mais que angélica aparência.

Enganei-me, enganei-me - paciência!
Ao menos conheci que não devia
Pôr nas mãos de uma externa galhardia
O prazer, o sossego e a inocência.

Enganei-me, cruel, com teu semblante,
E nada me admiro de faltares,
Que esse teu sexo nunca foi constante.

Mas tu perdeste mais em me enganares:
Que tu não acharás um firme amante,
E eu posso de traidoras ter milhares.


Interpretação

Nesse poema Dirceu demonstra claramente seu desapontamento, mostrando a decepção pela qual passou e a inocência que tinha antes disso. Ele está realmente frustrado por ter sido enganado. E mostra até mesmo que acabou se deixando levar pelas aparências, como no trecho:

“Acreditei às vezes, cri, Ormia,
Que a tua singeleza igualaria
A tua mais que angélica aparência.”

No final ele ainda tenta se justificar afirmando que por mais que ele tenha sido enganado, ela nunca mais conseguirá ter um amante como ele, ao contrário dele, que afirma que poderia conseguir muitas outras iguais à ela.


Características do Arcadismo na lira

A característica do arcadismo mais visível nesse poema é a forma objetiva como ele escreve, indo diretamente ao ponto principal, ao foco do poema. O soneto também é composto por uma linguagem clara e objetiva. O poema optou por não utilizar muitas palavras que apenas enfeitariam o texto. Um soneto simples, porém rico, que usa as palavras com precisão, e Tomás permanece com o uso de pseudônimos.

Glossário

  •  Singeleza: Simplicidade, ingenuidade.
  •  Galhardia: Elegância, gentileza, generosidade, ânimo, distinção

Contexto Histórico


Os sonetos contidos nessa parte do livro não têm uma cronologia certa, fazendo com que seu contexto histórico seja feito, em grande parte, por deduções. Portanto, a 3ª parte do livro é bastante confusa, ao ponto de que muitos pesquisadores acreditam na possibilidade desta não ter sido escrita por Tomás, e que pode não se tratar apenas de Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão. E há hipóteses de que os sonetos tenham sido escritos após o exílio de Tomás, em um período onde ele já teria superado o fato de nunca poder ficar com sua amada, Maria. E onde ele estaria casado com Juliana de Sousa Mascarenhas, com quem teria tido dois filhos.


Milena Carneiro, nº 26, 1º ano G.

Soneto 2

Num fértil campo de soberbo Douro,
Dormindo sobre a relva, descansava,
Quando vi que a Fortuna me mostrava
Com alegre semblante o seu tesouro.

De uma parte, um montão de prata e ouro
Com pedras de valor o chão curvava;
Aqui um cetro, ali um trono estava,
Pendiam coroas mil de grama e louro.

- Acabou – diz-me então – a desventura:
De quantos bens te exponho qual te agrada,
Pois benigna os concedo, vai, procura.

Escolhi, acordei, e não vi nada:
Comigo assentei logo que a ventura
Nunca chega a passar de ser sonhada.



INTERPRETAÇÃO
Nos sonhos nós nos encontramos cara a cara com nossos desejos mais íntimos, como a fortuna, e outros tipos de desejos. E quando acordarmos, percebemos que nada é real, e se a gente quiser alguma coisa, devemos parar de sonhar e fazer alguma coisa, buscar o nosso sonho.



CARACTERÍSTICAS DO ARCADISMO NO SONETO: 
A característica bucólica é encontrada no soneto, devido ao uso da natureza, e o deslumbramento da mesma.


É usada um linguagem simples no soneto, uma característica nobre do arcadismo. O soneto em si, é um soneto simples.



GLOSSÁRIO: 
Pender-Estar suspenso ou pendurado.

Inclinar-se, descair: o Sol já vai pendendo.
Depender.
Estar iminente.
Estar para cair.




Nome: Gabriel Teixeira Santos Nº: 13 1ºG
SONETO 8

Nascer no berço da maior grandeza,
De palmas e de louros rodeado,
Deve-se aos grandes pais, ao tronco honrado,
Que ilustra deste longe a natureza.

Se porém muito mais se adora e preza
O Dom que o nobre sangue traz herdado,
Pela própria virtude sustentado,
Feliz o objeto da presente empresa.

De mil heróis, no Tejo vencedores,
Um ramo nasce, um ramo que a memória
Faz imortal de seus progenitores.

Eu leio em vaticínio a sua história:
Une Francisco, a par de seus maiores
Ao herdado esplendor a própria glória

INTERPRETAÇÃO:
O autor nesse soneto fala sobre um nascimento em berço de ouro de maiores riquezas, fala de ter uma vantagem de nasce rico, que exerce o sangue nobre, e o bom de ser sangue nobre é que te traz benefícios, não precisa fazer muita coisa pra exerce uma glória, mas no final do soneto o autor fala que você trás sua própria  glória sem precisar ser um sangue nobre.

GLOSSÁRIO:
vaticínio-Ato ou efeito de vaticinar; vaticinação.
Predição, prognóstico, profecia.

ARCADISMO: Nesse soneto o autor fala sobre a natureza que ilustra deste o longe.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Lira II - 3ª Parte

Em vão do amado
filho que foge,
Vênus quer hoje
notícias ter.

Sagaz e astuto
ele se esconde
em parte aonde
ninguém o vê.

Dos sinais dados,
bem se conhece
que ele aborrece
a mãe que tem.

Se os seus defeitos
Ela publica,
razão lhe fica
de se ofender.

Foge o menino
e, disfarçado,
vive abrigado
numa cruel.

Com mil carícias
a ímpia o trata;
nem o desata
do peito seu.

Se a semelhança
sempre amor gera,
deve uma fera
outra acolher.

Ah! se o teu nome,
Marília, calo,
que de ti falo
bem podes crer.


Interpretação


     Na lira o Poeta apresenta-se como um '' fugitivo '' do amor e afirma seu valor próprio diante das recusas. Esta Lira consiste nas novidades sentimentais e concepcionais que trouxe para uma literatura.Em algumas Partes Dirceu aparenta estar carente, falando de seus defeitos , onde a semelhança de ter o amor que sente.

Características do Arcadismo na Lira

     Podemos perceber na Lira algumas características do Arcadismo como: Vocabulário simples; Frases na ordem direta; Ausência quase total de figuras de linguagem e é claro o uso frequente de pseudônimos.

Comentário sobre a situação histórica

     No Período que Tomás escreveu essa Lira, Segundo Alfredo Bosi, ele estava acima de tudo preocupado em "achar a versão literária mais justa dos seus cuidados". Assim, "a figura de Marília, os amores ainda não realizados e a mágoa da separação entram apenas como 'ocasiões' nas Liras e sonetos de Dirceu, o que diferencia o autor de vários outros futuros escritores românticos.


Glossário


Ímpia: Que ou quem não tem religião, que ou quem é contrário à religião, que ou quem não respeita as coisas sagradas ou as práticas religiosas, que ou quem ofende o que se considera digno de respeito, desumano e cruel.

Sagaz: Dotado de sagacidade, perspicaz e fino.






Pabllo Matheus Lima de Paulo nº: 28 1º G