Prisões: Externas e Internas.
Todos os anos milhares de pessoas
são presas no mundo inteiro justa ou injustamente. Muitas por crimes pequenos,
sem grande “importância”. Muitos, porém, são presos por crimes hediondos,
terríveis, podendo ficar grande parte de sua vida presos, e, dependendo do país
onde vivem, a vida inteira presos. Mas há aquelas prisões que independente das
pessoas terem cometido ou não crimes “imperdoáveis”, muitas pessoas parecem
estar condenadas a passar o resto de suas vidas ali. São as chamadas prisões internas.
Segundo Platão em O mito da
caverna, todas as pessoas vivem dentro de uma caverna, uma prisão interna, até
o momento em que se atrevem a sair, e enxergar o mundo com os olhos diferentes.
Pessoas que só conseguem enxergar aquilo que é visível. Pessoas que não
conseguem ter fé, ou correr atrás de ver o mundo com um olhar diferente. Ver esperança,
onde a maioria só consegue ver ruínas. Ver alegria, onde a maioria só consegue
ver dor. Essa prisão poderia também ser comparada à alienação, ignorância. Ao fato
de pessoas se contentarem apenas com o que os outros já disseram ser o correto,
e não buscar por novas respostas no mundo, buscar viver ela mesma suas próprias
experiências. Ao o fato de acharem que a vida existe apenas por existir, e que
não há uma razão para tudo isso.
Muitas vezes as pessoas também são aprisionadas por decisões erradas que
acabaram tomando. Drogas, prostituição, vícios em geral, são apenas alguns
exemplos dessas prisões. E por falar em tomar decisões, há ainda as pessoas que
acabam sendo aprisionadas por não tomar as decisões que elas sentiam ser as
decisões adequadas para elas. No percorrer da vida, muitas decisões precisam
ser tomadas. E muitas vezes, o medo de tomar a decisão errada, ou o fato de não
querer decepcionar alguém, faz com que as pessoas acabem tomando decisões que
as aprisionem ainda mais por não estarem tomando as decisões que elas sentiam
ser a ideias para si, mas sim, as decisões que pareciam ser menos arriscadas e mais
fáceis de ser aceitas pelas outras pessoas.
As pessoas precisam entender, para serem libertas dessas prisões, que
cada pessoa tem suas próprias decisões a serem tomadas. O medo faz parte, mas é
preciso que as pessoas arrisquem mais para que entendam seus próprios caminhos.
Para que possam buscar encontrar sua própria forma de enxergar o mundo, e o que
nele há. Para saírem das cavernas e buscarem por coisas novas, por algo mais do
que o comum. Para fazerem aquilo que elas sentem que é o que precisam fazer e
não apenas aquilo que é imposto pela sociedade. As pessoas precisam confiar
mais em si próprias e acreditar mais na vida.
Milena Carneiro, nº 26, 1º ano G.
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